A PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NA FORMAÇÃO DOS LIXÕES URBANOS.


Até algum tempo atrás, os resíduos sólidos – os lixos - eram definidos como algo que não apresentava utilidade e nem valor comercial. No entanto este conceito mudou, podendo atualmente a maior parte desses materiais ser aproveitados para algum outro fim.

Todos os restos sólidos ou semi-sólidos das atividades humanas e industriais, que embora possam não apresentar utilidade para a atividade de onde foram gerados, podem virar insumos para outras atividades. Exemplos: aqueles gerados na sua residência e que não são recolhidos periodicamente pelo serviço de coleta e também a sobra de varrição das praças, mercados e locais públicos, que podem incluir folhas de arvores, galhos, resto de frutas e restos de alimentos, podemos transformá-los em adubo orgânico; Assim, como se o pais reciclasse todas as latas de aço que consome, seria possível evitar a retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano economizaria energia equivalente ao consumo de quatro bilhões de lâmpadas de 60 watts.(amientebrasil.com)

Com o aumento da densidade demográfica e desenvolvimento global advieram a industrialização e o consumo dos plásticos descartáveis, grandes responsáveis pelos lixos acumulados nos grandes centros, causando uma devastadora degradação ambiental, principalmente nos leitos dos rios e nos córregos urbanos, o que gera os sérios alagamentos e poluições.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil descarta a cada dia 230.000 toneladas de detritos. E mais da metade desse numero é formada por lixo doméstico.

Do total produzido nas casas, apenas 2% é destinado à coleta seletiva. O restante vai parar em lixões a céu aberto. Ou, na melhor das hipóteses, em aterros sanitários cuja capacidade máxima já está próxima do limite. Para piorar o quadro, muitas vezes nós cidadãos temos o cuidado de separar metais, vidros, plásticos e papeis acreditando que esses materiais serão reciclados, mas as empresas de limpezas misturam tudo num mesmo caminhão.

O desempenho das administrações municipais costuma ser péssimo em matéria de lixo, mas não e por falta de boas leis. O problema é fazer valer a legislação, e não só quando o assunto é sujeira. É preciso se habituar a fazer a divisão do lixo doméstico.

A Organizações das Ações Unidas(ONU) lançou, no dia 06 de novembro de 2014, um alerta sobre a quantidade do lixo produzido nas cidades em torno do mundo. De acordo com o programa da ONU para o meio ambiente (PNUMA), os governos devem tornar medidas urgentes para evitar o que chamou de uma ameaça de uma “crise global de resíduos”. Um problema que traria consequências não so para o meio ambiente, mas também à saúde humana.

O PNUMA informou que, todos os anos, as cidades geram 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos. Segundo as estimativas da agencia, a quantidade de lixo deve chegar a 2,2 bilhões de toneladas até 2025.

A situação é mais grave nos países de baixa renda, onde, muitas vezes, o volume de coleta do lixo não alcança se quer a metade da quantidade produzida.

Ainda segundo informações da organização, as cenas de lixo amontados às margens de rios, queimadas a céu aberto e lixo tóxico são cada vez mais frequentes assim como a atração de moscas e ratos em lixões, proliferando bactérias, vírus e sérias doenças. (blog do Milton - SP). O correto mesmo é tentar diminuir a quantidade diária de lixo produzido. No mínimo, você mantem a sua consciência mais limpa.


Por: ANA KEYLLA ALMEIDA FERREIRA DE GOUVÊA – 
Acadêmica do 9º período do curso de Bacharelado em 
Direito pela Faculdade Maurício de Nassau.