A cidade de Cocal do Alves, situada a 262 km de Teresina, ganhou repercussão em todo o país por meio da Educação. Em homenagem ao Dia do Piauí, comemorado nesta segunda-feira (19), a TV Cidade Verde promoveu um abraço coletivo na Unidade Escolar Augustinho Brandão, considerada um celeiro de alunos prodígios. A cidade que está entre as 50 com piores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)- índice medido anualmente pela ONU com base em indicadores de renda, saúde e educação- em contrapartida, ocupa o 11º no Enem entre todas as escolas públicas do país.


“Acreditamos que o que está acontecendo aqui deveria estar acontecendo em todas as regiões do Brasil: uma revolução por meio da Educação. Eles conseguem entrar nas faculdades e se formar… conseguem empregos e voltam para ajudar as famílias”, disse Aurilene Vieira, diretora da Unidade Estadual Agostinho Brandão.


“Esta escola é tudo o que nós esperamos para um filho. Aqui você entrega o filho, tem segurança, estuda bem. Se vier para cá e não for para aprender, em outro lugar não aprende”, disse Gonçalo Coelho, pai de uma das alunas que sonha em ser pediatra.


“Se ela pudesse, acho que morava aqui. Às vezes eu digo que vou tirar ela da escola, por que aqui é integral e eles não têm muito tempo de ajudar as mães, ela diz: se você me tirar, eu me amarro na coluna, mas não saio. Mas eu só ameaço, não tiro jamais”, disse Iris Passos aos risos, mãe de uma estudante.

O professor Antônio Amaral, grande idealizador da escola, fez um retrospecto da trajetória de sucesso no ensino aplicado na Agostinho Brandão e projeta a importância do trabalho desenvolvido no futuro das crianças e adolescentes.


“Em todo grande projeto, as principais dificuldades ocorrem no começo e aqui não foi diferente. Tivemos que enfrentar diversos obstáculos. Nós só chegamos onde estamos, porque estivemos o espírito de sempre inovar e conseguir superar todas as dificuldades. Tínhamos alunos do curso de engenharia e medicina, mas queríamos que aquilo acontecesse com todos, com aquele menino que desde cedo sonha em ser arquiteto, por exemplo, e no final do Ensino Médio ele consegue entrar no curso de arquitetura”, declarou.


“A gente cresce como ser humano. A gente quer isso: ter um futuro diferente dos nossos pais que trabalharam na roça. A gente quer ter um futuro bem melhor”, sonha Erisvaldo Veras, ex-aluno e hoje monitor na escola.


O professor destaca ainda que além do amor e dedicação, o comprometimento de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizado é imprescindível para a obtenção dos bons resultados.


“Poder ver o reconhecimento daqueles que são diretamente envolvidos com esse meu projeto de ensinar. Então essas coisas fazem com que exista a felicidade, a harmonia e com isso o reflexo até na família e que é feliz”, declarou professor Amaral.




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Fonte: Cidade Verde