Um aplicativo para smartphones desenvolvido pela polícia Civil do Piauí pretende ajudar vítimas da chamada "vingança pornô", quando imagens íntimas de uma pessoa são divulgadas sem seu consentimento, geralmente pelo ex-parceiro.
Lançado na terça-feira (13), o app, que está no Google Play com o nome "GRP contra a vingança pornô", contém desde dicas de prevenção a formas de denunciar o violador de conteúdo. Mas a principal ferramenta é a que explica como excluir o conteúdo em caso de divulgação nos sites de buscas e redes sociais.
O aplicativo foi desenvolvido "aos fins de semana" por três policiais civis do Piauí: o delegado Alessandro Barreto, o agente Marden Lincoln e o escrivão Venceslau Felipe. "Fizemos isso nas horas vagas, com objetivo social. Se a gente ajudar uma pessoa a resolver o problema, o aplicativo já se fez", disse Barreto.
Segundo ele, a ideia surgiu ao ver a angústia de mulheres que procuravam a polícia para buscar ajuda para frear a proliferação de imagens íntimas.
"Sempre fui um curioso da área. Li o Marco Civil da Internet e, conversando como os policiais que trabalham comigo, vimos que quando alguém tinha a privacidade violada, além de ser submetida à humilhação e ao apedrejamento virtual, não sabia o que fazer. Nossa ideia com o aplicativo é dizer que caminho tomar e principalmente como excluir o conteúdo", afirmou.
No aplicativo, além de informações sobre delegacias onde prestar queixas nas principais cidades do país, há informações de como agir diretamente em contato com os grandes sites e evitar a divulgação das imagens.
"A principal angústia da vítima, que às vezes não quer nem procurar polícia, é que pare a divulgação do conteúdo. "Redes como Google, Bing, Facebook, Twitter e Instagram propiciam possibilidade de exclusão desse conteúdo. Vejo uma preocupação grande dessas aplicações em banir essa prática odiosa", explicou.
O próximo passo para proteger as vítimas é atuar no aplicativo de conversa Whatsapp. "Estamos estudando um caminho até que a jurisprudência diga que esses grandes conglomerados que oferecem o serviço devem responder", finalizou o delegado.
Fonte: UOL
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