As Associações Unidas de Militares Estaduais do Piauí (PMs e Bombeiros) divulgou uma nota com cronograma de protestos que começam a partir desta segunda-feira (16). O movimento "Juntos Somos Mais Fortes" tem como objetivo desenvolver ações que vão evoluir gradativamente até uma possível paralisação conjunta de policiais militares e Bombeiros.


No primeiro ato de manifestação coletiva os PMs vão se recusar a participar de operações planejadas em todo o Estado. De acordo com a nota, esta decisão diminuirá o policiamento em mais de 50%. Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Agnaldo Oliveira, os policiais demoram muito tempo para receber as diárias por esse trabalho extra.

De hoje até o dia 22 de novembro, haverá atividades todos os dias, incluindo doação de sangue e reuniões com os secretários de Administração e Fazenda. “Essas ações políticas e de sensibilização social e governamental ocorrerão por oito dias e devem ser intensas e contar com a presença maciça dos militares da capital para que as próximas fases do movimento  sejam fortalecidas”, diz a nota.

Caso as reivindicações salariais e trabalhistas não sejam atendidas, será dado início à segunda etapa do Movimento "Juntos Somos Mais Fortes". No dia 23 de novembro, o objetivo é instalar o movimento “Tolerância Zero” durante cinco dias. A ação consiste em potencializar todas as ações policiais no Estado, principalmente no interior.

De acordo com a nota, isso ocasionará o caos no sistema de policiamento judiciário. “Vamos agir sobre todos os pontos críticos e executar nossa missão dentro da legalidade, porém construindo uma demanda de procedimentos policiais judiciários que sabemos que o Estado não terá resposta, porque não há um sistema de segurança pública organizado e estruturado no Piauí”, reforça o movimento.

A última etapa dos protestos começa a partir do dia 28, com a instalação do movimento "Policia Legal". “Todos os militares deverão comparecer aos seus postos de serviço e só vão executar atribuições operacionais se reunirem condições legais (proteção individual e coletiva, coletes dentro da validade, capacetes dentro da validade, armas e munições adequadas, viaturas dentro da regularidade, condutores regularmente habilitados para viaturas de emergência, radiocomunicação adequada e suficiente) para o exercício do policiamento ou do resgate bombeiro”, alerta o movimento.

De acordo com Agnaldo Oliveira, estão participando do movimento a Associação de Cabos e Soldado; a Associação de PMs Ativos, Inativos e Pensionistas; a Associação de Subtenentes e Sargentos; a Associação dos Oficiais Militares e a Associação dos Bombeiros.  "Se o governo não negociar, a segurança no Estado vai parar", disse Oliveira.


Fonte Portal O Dia