Durante audiência de instrução e julgamento realizada no Fórum de Cocal nesta segunda-feira (04/04), o Juiz de Direito Dr. Carlos Augusto Arantes Júnior e o Promotor de Justiça- Dr. Francisco Túlio Ciarlini Mendes, ouviram os depoimentos de Paulo Sergio Moura Ozório, o ''Paulão'', e de José de Araújo Xavier, conhecido por 'Zequinha', denunciados pelo Ministério Público pela prática de crime de latrocínio (roubo seguido de morte).


Segundo os autos (Processo 0001038-09.2015.8.18.0046), os réus são acusados de participação em um assalto frustrado ocorrido no dia 17 de agosto de 2015 (clique aqui e reveja) que resultou na morte do acusado Gerson Brito Silva, morto com um violento golpe de faca desferido pela vitima Antônio Francisco Carvalho de Albuquerque, que reagiu a investida e acabou sendo alvejado com 03 disparos de arma de fogo, vindo a falecer no dia 13 de setembro de 2015, 27 dias depois do fato. (clique aqui e reveja)


A defesa de Paulão ficou a cargo da advogada Louelyn Damasceno Assunção Araújo. Enquanto a de Zequinha foi feita pelo advogado Rafael de Sousa Fernandes. Além dos réus a justiça ouviu 06 testemunhas de acusação e 04 de defesa. Vale ressaltar que o depoimento das testemunhas de defesa não tem tanta relevância no processo, já que foram pessoas que não presenciaram o crime e falaram basicamente sobre o bom comportamento dos réus e como eles eram queridos pela comunidade.


A audiência que se iniciou às 09:00 horas da manhã e foi encerrada às 18:00 horas, foi marcada pelo depoimento contraditório de Paulão, que mudou completamente o testemunho prestado na delegacia, o que possivelmente possa a vir complicar a sua situação perante a justiça. 


O plenário ficou pequeno para acomodar a grande quantidade de expectadores que era formado por amigos, conhecidos e familiares das partes. Trajando camisetas brancas com a foto do falecido Antonio Albuquerque e com faixas em punhos, os familiares da vitima estiveram na plateia acompanhando os depoimentos. Eles esperam que a justiça seja feita e que se houver provas concretas contra os dois, que eles sejam condenados no rigor da lei.


Ao final da sessão, o magistrado concedeu o prazo de cinco dias úteis para que a defesa de cada um dos acusados proceda às alegações finais e, em seguida, estabelecerá as sentenças, cujo prazo não há exatidão para o seu proferimento.


Um advogado que preferiu não se identificar explicou que os réus não vão a júri popular porque no crime do qual são acusados, latrocínio, a intenção do acusado é roubar. A morte é uma consequência. "Para a Justiça, no latrocínio a morte da vítima não é presumida, mas sim decorrência do roubo, que é um crime contra o patrimônio".


Na Foto: Paulo Sergio Moura Ozório, o ''Paulão''
Na Foto: José de Araújo Xavier, conhecido como 'Zequinha'
Na Foto: Advogada Louelyn Damasceno Assunção Araújo
Na Foto: Advogado Rafael de Sousa Fernandes