Na manhã da última segunda-feira, dia 28 de agosto, os policiais militares Capitão Carlos Oliveira e Cabo N. Ribeiro, prenderam mais uma vez o lavrador identificado como Luís Carlos Gomes da Silva, de 25 anos, que apesar da pouca idade já é um velho conhecido da polícia por agredir a própria esposa. Desta vez ele foi preso pela prática de crime ambiental, ao manter em cativeiro aves silvestres, muitas delas em risco de extinção, sem a devida licença para a criação das mesmas. O fato aconteceu no Bairro São Francisco em Cocal, cidade da região Norte do Piauí. 


De acordo com informações, a sogra do acusado procurou a Polícia Militar e denunciou que a sua filha estava sendo agredida fisicamente pelo próprio esposo. Os militares foram até o local para atender a ocorrência, ocasião em que a suposta vitima, mesmo com hematomas visíveis pelo corpo, negou tudo aos policiais inocentando o companheiro. Entretanto, nos arredores e no interior da residência os militares acabaram apreendendo quase vinte pássaros silvestres presos em gaiolas e tratados de forma precária. O homem não possuía licença para a criação dos animais.


Após a abordagem, o homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil do município, onde prestou depoimento, sendo autuado em flagrante delito por crime ambiental. Após os procedimentos legais e assinatura do Termo Circunstanciado de Ocorrência (T.C.O.), ele foi liberado para responder a acusação em liberdade. 


De acordo com a polícia, os animais seriam entregues para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR) da cidade de Parnaíba, mas os técnicos informaram que os bichos deveriam ser encaminhados ao Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) em Teresina.


Diante do empecilho, o Ministério Público, na pessoa do promotor de justiça, Dr. Francisco Túlio Ciarlini Mendes, autorizou a polícia civil e a guarda municipal a destruírem as gaiolas e devolverem os pássaros a natureza. De acordo com o promotor, a pena prevista para esse tipo de crime é de seis meses a um ano de detenção e multa, que varia de R$ 500 a R$ 5 mil por ave.


As aves foram soltas no mesmo dia em uma propriedade situada no povoado Frecheira, zona rural de Cocal.