O câncer de mama é um problema atual e relevante nos aspectos de saúde pública, a cada ano se torna mais comum no que tange a doenças que acometem o sexo feminino. Se apresenta em primeiro lugar entre as mulheres. Há várias estatísticas que comprovam mediante a apresentação de dados a incidência do problema atualmente, como exemplo temos dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), que cita: “Para 2018, são esperados 59.700 casos novos de câncer de mama no Brasil. Excluído o câncer de pele não melanoma, é o mais frequente nas mulheres das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença”.


O sofrimento ocasionado em tal contexto deve ser levado em consideração, comprovado no meio científico que as consequências psicológicas as mulheres com tal problema envolvem desde expectativas negativas no momento do diagnóstico, até a finalização do tratamento, que vale enfatizar acaba ocasionando algumas sequelas. O acompanhamento Psicológico se faz de extrema relevância no auxílio emocional, tendo em vista que o apoio e o suporte concedido a paciente portador do problema ajuda a percorrer de maneira mais segura as etapas do tratamento.

Brevemente explanando sobre o processo interventivo Psicológico leva em consideração todas as etapas dos processos cognitivos do paciente, serão explanados a seguir. A primeira reação da paciente é a negação constante do problema e o medo que acaba impedindo a mesma a prosseguir com as etapas seguintes. 

Após um processo de elaboração a este aspecto de negação é comum o paciente se mostrar em um processo de raiva, uma revolta que muitas vezes não é compreendida nem pela pessoa que está vivenciando tal momento, esta raiva é tão intensa que pode acabar se voltando com si própria o que torna tal etapa muito delicada, percebam o quanto pode ser perigoso tal momento sem o devido suporte emocional, o profissional Psicólogo neste momento irá em processo terapêutico compreender junto a paciente o problema, levando em consideração seu contexto de modo geral, respeitando suas escolhas e priorizando seus aspectos pessoais, tudo visando otimizar seu quadro emocional.

Após tal etapa elaborada haverá um breve processo de barganha (Negociação), a paciente entende que há algo a ser resolvido e começa a buscar negociar formas de ficar boa o mais breve possível, comum nesta etapa promessas religiosas uma espécie “acordo” com Deus, o Psicólogo estará presente para clarificar que nem sempre este “acordo” poderá dar certo, e o mais correto é prosseguir com as etapas do tratamento não desconsiderando de forma alguma a sua fé, mas fortalecendo a importância de prosseguir com o tratamento clínico e medicamentoso do câncer.

 Nesta etapa há um breve momento de tristeza mais agudo, devido a percepção de que realmente a negociação não é o melhor caminho mais rápido, seguida, de quando devidamente tratada psicologicamente e elaborado tal momento, de um momento de aceitação, que é a plenitude buscada no suporte a saúde emocional, a paciente passa a aderir ao tratamento clínico com mais foco, compreendendo que realmente será este o caminho devido para sua recuperação, visando uma possibilidade de cura, alcançando o final do processo de tratamento.

O processo Psicoterapêutico deve prosseguir para as etapas seguintes após o tratamento do câncer, como ênfase no que tange ao processo de elaboração e ressignificação da nova fase de vida, após vencer a doença e prosseguir em frente. Percebam que o apoio emocional funcional como um complemento ao encorajamento e aceitação da fase de tratamento. 

Logo de se levar em consideração o quão relevante é o apoio Psicológico no processo de tratamento e recuperação de uma pessoa doente de câncer, o apoio familiar durante esta etapa também é solicitado e quando devidamente elaborado as chances de sucesso se elevam ainda mais. Fica aqui uma pequena consideração profissional com a importância de todos os aspectos fortalecidos de uma pessoa com o problema do câncer de mama, e como o auxilio emocional, familiar, clínico é importante na vitória deste percalço na vida de nossas lindas mulheres. 

Por: Alan Kelsen Silva dos Santos
Psicólogo / CRP 21/02933