COCAL:
* Lula PT [78,38%]: 13.174 votos;
* Jair Bolsonaro PL [21,62 %]: 3.634 votos;
* Brancos [0,96%]: 167 votos;
* Nulos [2,78%]: 486 votos;
* Abstenção [17,29%]: 3651 votos.
COCAL DOS ALVES:
* Lula PT [90,79 %]: 3.912 votos;
* Jair Bolsonaro PL [9,21 %]: 397 votos;
* Brancos [0,92 %]: 41 votos;
* Nulos [2,18%]: 97 votos;
* Abstenção [17,69 %]: 956 votos.
Lula obteve 1.551.383 votos no Piauí, o que corresponde a 76,86% dos votos válidos, enquanto Jair Bolsonaro, do PL, obteve 467.065 votos, o que representa 23,14% dos votos válidos. A diferença entre Lula e Bolsonaro no estado foi de 1.084.318 votos [53,72%].
Esta foi a segunda vez que o Piauí deu a Lula o melhor desempenho nas eleições gerais deste ano. No primeiro turno foi 74% e esse número aumentou mais de dois pontos percentuais na eleição deste domingo (30), seguido dos estados da Bahia e Maranhão, em que o petista obteve 72,12% e 71,14%, respectivamente.
Profecias de Ciro Nogueira falharam
Articulador político da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, fez diversas profecias embasadas principalmente nos acordos que ele
próprio capitaneou nos estados e que, de fato, deram estofo político ao
presidente na disputa em segundo turno. Partiu principalmente de Ciro
Nogueira, por exemplo, um pacto firmado com o governador de Minas
Gerais, Romeu Zema (Novo), para anunciar apoio a Bolsonaro após o
primeiro turno – o estado era uma das principais apostas da campanha
bolsonarista.
O ministro também trabalhou pelo apoio do governador de São
Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), em busca de reforçar os votos no maior
colégio eleitoral do país. Com a chegada dos governadores, a campanha
bolsonarista visava atrair, também, a adesão de prefeitos, que têm maior
proximidade com o eleitorado nos rincões eleitorais.
Entre o primeiro e o segundo turno, São Paulo deu quase 2 milhões de
votos a mais ao presidente, enquanto Minas teve pelo menos 800
mil novos apoios. Ao todo, Bolsonaro somou quase 7 milhões de votos em
relação à rodada anterior.
Outras investidas, no entanto, falharam. Sabendo da vantagem de Lula no
Nordeste, Ciro Nogueira até tentou diminuir a diferença na região, mas não
conseguiu firmar apoios robustos. Restava como esperança, então, um
aumento do índice de abstenção, que também não se confirmou e
permaneceu no patamar de 20,5%.
A derrota do ministro foi percebida em casa. Berço político de Ciro Nogueira,
Piauí foi o estado que deu a maior desvantagem a Bolsonaro no Nordeste – o
presidente obteve 23% dos votos, enquanto Lula ficou com 76%. Além disso, o
candidato ao governo do Piauí apoiado por Nogueira, Silvio Mendes (União
Brasil), viu o petista Rafael Fonteles ser eleito em primeiro turno.
O ministro também tentou uma aproximação com a Bahia, o quarto maior
colégio eleitoral do país e o maior do Nordeste. A estratégia passaria pela
adesão do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) à campanha de Bolsonaro no
segundo turno. Em busca de um acordo, houve até a garantia de que o governo
federal estaria de portas abertas a ACM Neto caso ele não saísse vencedor na
disputa elo governo baiano. O ex-prefeito, porém, optou pela neutralidade e
não apoiou nenhum candidato no segundo turno.
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