Em nota à imprensa, a Polícia Federal informou que não divulgará os nomes e imagens dos investigados e antecipou que não concederá entrevistas sobre o caso.

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP), deflagrou nesta quarta-feira (19/03) a Operação Falsas Aparências, com o objetivo de desmantelar um esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar nos municípios de Parnaíba e Cocal, no Norte Piauí, tendo como alvos mãe e filho. Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens e valores que somam quase R$ 3 milhões, montante correspondente aos prejuízos já identificados no esquema fraudulento.

As investigações apontam que o grupo criminoso cooptava interessados em benefícios previdenciários e assistenciais, falsificava documentos para embasar os requerimentos administrativos e judiciais e até utilizava assinaturas de profissionais da área da saúde. Além disso, os suspeitos manipulavam advogados para viabilizar a concessão dos benefícios fraudulentos. Até o momento, mais de 100 benefícios com indícios de fraude foram identificados.

A Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista, que atua no combate a crimes contra os sistemas previdenciário e trabalhista, é composta pela Polícia Federal (PF), pelo Ministério da Previdência Social (MPS) e pelo Ministério Público Federal (MPF).


O nome da operação, Falsas Aparências, faz referência ao uso de documentação fraudulenta para a obtenção dos benefícios, além do fato de que um dos investigados ostentava um alto padrão de vida nas redes sociais, simulando o exercício de profissões legítimas para justificar seus ganhos ilícitos.