O maranhense Alberto Salassie de Carvalho Neto, de 35 anos, um dos alvos da Operação Orlov, foi preso enquanto passeava em um automóvel de luxo na tarde desta sexta-feira (19/01), no Centro da cidade de Luíz Correia, no litoral do Piauí, em uma operação conjunta entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) dos estados do Piauí e Maranhão, com o apoio do 24° Batalhão de Polícia Militar (BPM Atalaia).
A ação teve como finalidade cumprir um mandado de prisão preventiva, expedido pela 1ª Central de Inquéritos e Custódia da Comarca de Ilha de São Luís - Tribunal de Justiça do Maranhão, em desfavor de Alberto Salassie, que respondia em liberdade a diversos crimes, inclusive, progrediu recentemente para o regime aberto em um processo por latrocínio. Ele é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa de origem maranhense, o Bonde dos 40, e estava na região com o propósito de instalar uma célula da organização no litoral piauiense.
CLIQUE AQUI e siga o blog do coveiro no Instagram.
Alberto Salassie era um dos alvos da Operação Orlov, que desarticulou um grupo especializado na comercialização clandestina de armas de fogo e munição no Maranhão e demais estados da federação. CLIQUE AQUI E VEJA A NOTA DA SSP-MA
A ação policial segue um dos eixos de trabalho da FICCO, de cumprimento de ordens de prisão expedidas em desfavor de investigados e condenados envolvidos com organizações criminosas que praticam crimes violentos.
Denúncias sobre atuação de facções criminosas, foragidos da Justiça, tráfico de drogas e outros crimes podem ser encaminhadas, de forma anônima, ao endereço eletrônico: bit.ly/denunciapcphb.
Operação Orlov
A Operação Orlov cumpriu 27 mandados de busca e apreensão. Além do Maranhão, foram realizadas diligências em Ribeirão Preto (SP), Fortaleza (CE) e Parauapebas (PA) com a apreensão de 17 armas de fogo, provas documentais, aparelhos celulares e 545 munições.
De acordo com o Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) do Maranhão, a investigação teve início em maio de 2023 a partir da apreensão de uma arma de fogo que foi pega com um traficante em São Luís, que também foi preso. Após as consultas aos sistemas foi constatado que a arma estava registrada em nome de um indivíduo de São Paulo. Em contato com esse indivíduo, a Polícia Civil descobriu que ele estava sendo usado como laranja, pois não possuía arma de fogo em São Luís e seu registro de atirador esportivo na capital era falso.
A arma que deu início à investigação é uma pistola Glock. Durante os trabalhos, a equipe de investigadores descobriu que o preso integrava o esquema criminoso como intermediador da aquisição de armas de fogo de forma ilegal. Além disso, também se descobriu que havia uma empresa aberta em nome do laranja. Durante as buscas à empresa foi verificada que se tratava de uma fachada usada para disfarçar o esquema criminoso já que nada foi encontrado no endereço registrado.
Os militares do Exército envolvidos no esquema e presos durante a Operação Orlov trabalhavam no setor responsável pelo registro de armas. Eles faziam a aquisição do armamento de forma legal, mas em seguida colocavam em nome de laranjas e vendiam pelo dobro do preço para o mercado clandestino.
0 Comentários