Os policiais militares e bombeiros realizam uma manifestação em frente ao Palácio de Karnak na manhã desta terça-feira (18). Mais de 100 policiais participam do ato que reivindica a reposição inacionária e o escalonamento vertical.


Segundo o Tenente Flaubert Rocha, presidente da Associação dos Bombeiros e Policiais Militares do Estado do Piauí, a classe está em busca de um acordo com o governo. 


“De 2015 para cá tivemos cerca de 20% de perdas salariais, então estamos aqui pedindo essa reposição. A outra questão é o tratamento que o Estado dá a nós, tem gente que foi promovido há um ano e não está recebendo a promoção, outros estão tentando se aposentar, mas não conseguem, pois, o contracheque não foi atualizado, então uma total falta de respeito com os profissionais da segurança pública do estado. Temos os piores salários do país, é um descaso”, disse ao Portal AZ.


Ainda de acordo com Tenente Flaubert, o governo não está recebendo a categoria para discutir a pautas de reivindicações. “Não está acontecendo reunião com próprio governo. Estamos sabendo da resposta pela mídia, ele nunca recebeu a categoria para negociar ou resolver alguma coisa”, explicou.


O coronel Carlos Pinho, vice-presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado do Piauí (AMEPI), diz que mesmo com toda importância da Policia Militar na conjuntura social a classe é subvalorizada.

“Hoje em dia o policial militar tem condições mais desfavoráveis. Tivemos uma redução de efetivo e tendo que resolver a mesma carga de serviço, nós temos condições inadequadas de trabalho, equipamentos e viaturas que não representam a dignidade do policial, que muitas vezes precisam empurrar essas guarnições. Nós somos militares, mas em termos remuneratórios não temos hierarquia salarial, uma promoção não traz benefícios, então estamos sendo subvalorizados”, disse.


Ele ainda aponta que o Governo do Estado alega a Lei de Responsabilidade Fiscal como impedimento para o reajuste que a categoria reivindica. “O governo fala que não pode por conta da lei de responsabilidade fiscal, mas ela não impede o governador Wellington Dias de dá a revisão geral anual, porque é uma previsão constitucional. Em Janeiro 2015 a receita do estado era de R$ 6 bilhões, em 2020 é de R$ 9 bilhões, onde está a falta de receita desse estado? Está na falta de valorização, reconhecimento e destinação da verba público para o fim público”, concluiu.

Fonte: Portal AZ