Uma operação da Polícia Civil, com o apoio da Polícia Militar, coordenada pelo Delegado Abimael Silva, resultou na recaptura de um cocalense fugitivo do sistema prisional, identificado como Francisco das Chagas Silva Gomes, de alcunhas "Pantico", "Gordinho" ou "Sete", de 34 anos (irmão de Dadinho), possuidor de uma extensa ficha criminal e sentenciado pelos delitos de homicídio, roubo e tráfico de drogas praticados no Piauí (Cocal, Parnaíba e Piracuruca) e também responde a processos nos Estados do Ceará e Maranhão.

A ação que aconteceu por volta de meio-dia da última quinta-feira (03/03), no Bairro Guarani em Piracuruca, município da região Norte do Piauí, resultou ainda na prisão em flagrante delito de um comparsa de Pantico, o nacional Antônio Danilo Pinheiro Lima, de 26 anos, pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de entorpecentes e posse irregular de arma de fogo.

Conforme o apurado pelo Blog do Coveiro, a polícia estava no encalço de Pantico, que possui em seu desfavor dois mandados de prisão (um expedido pela Vara de Execuções Penais de Teresina e o outro pela 1º Vara Criminal de Parnaíba), além de ser investigado por comandar o tráfico de drogas no Bairro Esplanada, em um trecho de mata fechada e de difícil acesso conhecido como Prado em Piracuruca.  

Ainda conforme o levantamento da nossa reportagem, com as investigações já avançadas, os agentes montaram uma campana e lograram êxito ao interceptar o investigado e um outro indivíduo no momento em que ambos iam almoçar. Eles andavam em uma moto e foram capturados no momento em que estacionaram o veículo em frente a uma residência que era utilizada como ponto de apoio.

A dupla ainda tentou fugir do cerco policial, mas foi imobilizada e durante a revista pessoal foi apreendido cinco trouxas de substancia análoga a cocaína e uma balança de precisão, uma quantia de R$ 1.544,00 (mil, quinhentos e quarenta e quatro reais), uma caderneta e um aparelho celular, além da motocicleta em que eles ocupavam. No interior do imóvel os policiais ainda localizaram uma espingarda do tipo cartucheira, que seria trocada por entorpecentes. 

O auto de prisão em flagrante e apreensão dos ilícitos foram lavrados pelo Delegado Abimael Silva e sua equipe. A justiça, em audiência de custódia, converteu a prisão em flagrante delito em prisão preventiva e a dupla se encontra encarcerada a disposição da justiça em uma unidade prisional.


PANTICO É CONDENADO A 26 ANOS DE PRISÃO EM JÚRI POPULAR EM PARNAÍBA


Em sessão do Tribunal Popular do Júri realizada no dia 16 de setembro de 2021, na comarca de Parnaíba, Pantico e outros três denunciados foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa. CLIQUE AQUI E VEJA A SENTENÇA

Os crimes aconteceram em outubro de 2012, quando os réus Francisco das Chagas Silva Gomes, Kleiton Costa de Sousa, Paulo Vitor Oliveira de Sousa e Rondinildo da Conceição Brito agiram conjuntamente para tirar a vida da vítima Francisco Carvalho Cardoso, no Conjunto Broderville, bairro Sabiazal, em Parnaíba. CLIQUE AQUI E REVEJA


À época, os réus fugiram da Cadeia Pública de Camocim, no Ceará (CLIQUE AQUI E REVEJA) e como retribuição ao apoio logístico recebido para a evasão, o quarteto combinou o assassinato da vítima. O homicídio aconteceu logo no dia seguinte à fuga: Francisco Carvalho Cardoso foi abordado em sua casa, e alvejado com nove tiros, mas conseguiu reagir e antes de falecer atingiu Pantico com um tiro nas costas, o que impossibilitou a sua fuga.

No Tribunal do Júri, o Conselho de Sentença reconheceu a materialidade do crime de homicídio, com duas qualificadoras: paga ou promessa de pagamento e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz de Direito Georges Cobiniano Sousa de Melo fixou a pena do réu Francisco das Chagas Silva Gomes em 26 anos de reclusão. Já o réu Kleiton Costa de Sousa foi condenado a 28 anos de reclusão. Paulo Vitor Oliveira de Sousa foi condenado a 22 anos. Por fim, o réu Rondinildo da Conceição Brito teve pena fixada em 24 anos e seis meses de reclusão. O magistrado negou aos acusados o direito de recorrer em liberdade.

O promotor de Justiça Rômulo Cordão pontuou que a condenação dos réus representa mais um avanço na repressão da criminalidade, em prol da segurança para a sociedade e da proteção à vida.